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Gente andar de ônibus sem cair não é umas das minhas qualidades, se é que posso chamar de qualidade.
Tudo começou quando eu estava na parada esperando o ônibus da faculdade chegar, nesse dia eu inventei de ir com uma sandália bem alta que tenho.

Fiquei cansada logo de início, esperando a porcaria do ônibus que nunca chega na hora, após avistar o ônibus de longe dei o sinal, para ele não fazer como da última vez, passar direto, mas o motorista parou um pouco longe, me fazendo ter que correr atrás do ônibus, e foi com essa infeliz idéia que eu me dei mal, virei o pé, caí batendo o joelho e as mãos no chão, foi parecido com um mergulho de nadador profissional, mas no asfalto, quase caio de cara no chão, mas me segurei com as mãos, derrubando tudo que tinha.
Quando caí na hora pensei, morri T.T. E fiquei um pouco sem noção, esperando alguém me ajudar, mas não tive a sorte de ser ajudada por uma das dezenas de pessoas que assistiram minha queda, e que por ventura viram até meu cofrinho, tive que me levantar sozinha e subir no ônibus , quase morro de vergonha, sentei de rosto virado para a janela e lá mesmo fiquei durante toda a viagem, quase imóvel esperando que o mundo se acabasse.
Sorte foi que o ônibus tinha no máximo quatro pessoas contando com o motorista.
Na faculdade fui receber minha linda provinha esperando ter tirado nota boa, o professor me entrega com um sorriso no rosto minha nota baixa e mesmo depois de me ver toda quebrada num me deu um escore, resultado fiquei de prova final na facul correndo risco de repetir a cadeira.
Meus amigos voltam comigo para casa, agora tive que pegar um ônibus lotado e ir ao terminal, quase morro, todo mundo magoando meus dedos sangrando , cheguei na casa de meu amigo e conversamos muito, assistimos filmes e vídeos no PC dele, foi um momento bom, e deu até para esquecer o que me tinha acontecido, mas a felicidade dura pouco ,fui ligar para o motoqueiro que minha mãe paga para me buscar de um certo ponto até em casa, ele fala que vai demorar um pouco, e eu fico mais de uma hora e meia esperando por ele.
Todos na casa de meu amigo vão dormir, e eu fico morrendo de vergonha ao lado dele, que me consola dizendo : -ainda bem que você estar aqui, se estivesse na avenida esperando o motoqueiro já tinha sido assaltada há muito tempo. Após segundos escuto o motoqueiro na porta, e lá vou eu se aventurar na moto, toda quebrada com um monte de coisas nas mãos e sem poder segurar, e sem poder me segurar.
Então cheguei em casa quebrada, mas viva para contar a história.